segunda-feira, 8 de março de 2010

Política dos Governadores e Coronelismo

No governo do presidente Prudente de Morais (1898-1902) tem início a chamada "política dos governadores", com o objetivo de administrar os conflitos no interior das elites.
Essa política tinha por base a troca de favores e apoio mútuo entre o presidente da República e os governadores. Pelo acordo, os governadores dariam um jeito para que fossem eleitos apenas deputados federais que, no Congresso, apoiassem o presidente. Em troca, o presidente da República, concederia verbas para a realização de obras nos estados, não interferiria nas nomeações para cargos públicos estaduais e usaria sua influência para impedir o avanço de grupos de oposição nessas regiões.
No âmbito estadual, a base de apoio dessa política era a aliança entre os governadores e os chefes políticos do interior. Esses chefes políticos, chamados de "coronéis" em geral eram latifundiários (grandes proprietários de terras), mas também havia comerciantes. Os coronéis exerciam influência sobre grande parte da população e também sobre representantes do Judiciário e as forças policiais da região.
Figura respeitada e temida no interior do país, o coronel tinha à sua volta numerosos dependentes: empregados, trabalhadores da vizinhança e moradores da cidade. Era ele quem conseguia emprego, nomeações, proteção contra a ação da justiça e contra inimigos. Em troca, o coronel exigia de sua gente fidelidade total, especialmente nas eleições, quando todos deveriam votar nos candidatos indicados por ele.
Quanto maior o número de votos obtidos para a oligarquia, maior era o prestígio do coronel junto ao governo estadual, que em troca concedia-lhe favores e liberava verbas para o município.

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